...Você pode amar
alguém com toda a força, mas amanhã ele pode te deixar...
Trazemos tantas
expectativas para os relacionamentos, tantas ilusões de um futuro efêmero sendo
este feito de momentos que se esvaem por nossas mãos inábeis e crédulas na
sensação tempo-espaço tão simples e confusa. Somos resultado das experiências
passadas que deram errado e também das que alcançaram êxito. Estamos sempre
voltados para um amanhã que talvez nunca chegue. No entanto, só estamos no
agora. Agora enquanto respiro eu penso e pulso sentimentos e sensações, mas e
quando o agora não mais me encontrar respirando? E quando esse agora que já não
é o mesmo agora nessa linha e já não o mesmo agora em que tu lês... E quando
esse agora me encontrar mais pálida do que sou? Sem ar. Sem vida. Talvez alguém
chore. Talvez alguém se lembre dos “agoras” passados e possa me olhar com amor.
E possa relembrar minhas manias, chatices loucuras e rir e me odiar. Sim,
porque não?
Por que todos que
morrem precisam necessariamente ter imagem de santo? Eu não, quero minha
humanidade rasgada e exposta, quero ser lembrada como alguém que errou, que
viveu de agora em agora não sendo santa, mas sendo humana.
Chata? Sim!
Egoísta? Às vezes,
porque não se permitir isso? Mesmo que só às vezes, para que se olhe para dentro e se enxergue
esse eu de cada um.
E então... Eu possa
me dizer do amor, (que tive)...
Bárbara Lustosa
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